Arquitetura e Urbanismo
sábado, 7 de dezembro de 2019
domingo, 24 de novembro de 2019
Comentário Filme Helvetica
O documentário “Helvetica” é uma
produção independente de Gary Hustwit que usa de análises e reflexões de
diversos nomes influentes do design mundial sobre a fonte de mesmo nome para
abordartemáticas como design, tipografia, comunicação e cultura visual. O curta
foi lançado em 2007, ano que coincidiu com o aniversário de 50 anos da fonte
modernista.
Logo no início do documentário o escritorRick Poxnor demonstra que o contexto em que se deu a criação da Helvetica, o pós-guerra, diz muito sobre sua natureza. Naquele momento da história havia um sentimento de idealismo compartilhado por designers do mundo inteiro, sobretudo da Europa, de que o design seria uma ferramenta para ajudar na reconstrução da sociedade, atribuindo à atividade profissional uma grande responsabilidade social. Essa atmosfera modernista gerou a necessidade de fontes racionais, neutras, com alto grau de legibilidade, aplicáveis a todos os tipos materiais para comunicação e que tivessem o poder de informar deforma inteligível, clara e objetiva.
Há designers que discordam sobre o uso exagerado dela e alguns que até nem suportam mais ler por aí tanta informação em Helvetica, existem os que não gostam da clareza e simplicidade, preferindo as fontes tipográficas mais expressivas. Podemos acreditar que isso acontece devido ao tempo e espaço, pois quando ela foi criada a maior necessidade em foco era o desenvolvimento tanto do capitalismo, quanto do socialismo/comunismo. Estávamos no meio da Guerra Fria e o capitalismo se apoderou do tal força que fonte tem, usando em muitas placas, outdoors, propagandas, anúncios, letreiros e muitos outros lugares que podemos imaginar, enfim ela era e é a face da modernidade.
Este uso pelas características acaba sendo, também, uma expressão, às vezes seriedade e formalidade, outras, simplicidade e exatidão. Chegando então nos tipos criados com mais intensidade nos dias de hoje, na contemporaneidade, com caráter mais informal e com muito mais intenção de nos causar algo, de nos remeter a um sentimento, assim auxiliando a eficiência da recepção e aumentando bastante às chances de sucesso. Porém o uso contínuo de uma tipografia pode levar-lhe a saturação e seu poder significativo pode perder forças. Devemos então usa-las com sabedoria, pois cada uma foi feita com um propósito e possibilitam-nos o sucesso de nossos projetos.
Logo no início do documentário o escritorRick Poxnor demonstra que o contexto em que se deu a criação da Helvetica, o pós-guerra, diz muito sobre sua natureza. Naquele momento da história havia um sentimento de idealismo compartilhado por designers do mundo inteiro, sobretudo da Europa, de que o design seria uma ferramenta para ajudar na reconstrução da sociedade, atribuindo à atividade profissional uma grande responsabilidade social. Essa atmosfera modernista gerou a necessidade de fontes racionais, neutras, com alto grau de legibilidade, aplicáveis a todos os tipos materiais para comunicação e que tivessem o poder de informar deforma inteligível, clara e objetiva.
Há designers que discordam sobre o uso exagerado dela e alguns que até nem suportam mais ler por aí tanta informação em Helvetica, existem os que não gostam da clareza e simplicidade, preferindo as fontes tipográficas mais expressivas. Podemos acreditar que isso acontece devido ao tempo e espaço, pois quando ela foi criada a maior necessidade em foco era o desenvolvimento tanto do capitalismo, quanto do socialismo/comunismo. Estávamos no meio da Guerra Fria e o capitalismo se apoderou do tal força que fonte tem, usando em muitas placas, outdoors, propagandas, anúncios, letreiros e muitos outros lugares que podemos imaginar, enfim ela era e é a face da modernidade.
Este uso pelas características acaba sendo, também, uma expressão, às vezes seriedade e formalidade, outras, simplicidade e exatidão. Chegando então nos tipos criados com mais intensidade nos dias de hoje, na contemporaneidade, com caráter mais informal e com muito mais intenção de nos causar algo, de nos remeter a um sentimento, assim auxiliando a eficiência da recepção e aumentando bastante às chances de sucesso. Porém o uso contínuo de uma tipografia pode levar-lhe a saturação e seu poder significativo pode perder forças. Devemos então usa-las com sabedoria, pois cada uma foi feita com um propósito e possibilitam-nos o sucesso de nossos projetos.
Prova Hetzberger
No livro Lições da
Arquitetura, o autor Hetzberger discute
diversos conceitos relacionados a compreensão dos espaços. Esses tais conceitos
podem ser aplicados na leitura dos projetos de intervenção a determinados
espaços, como no refeitório, na Casa da Glória situada em Diamantina.
Hetzberger aborda
inicialmente o conceito de público e privado, relacionando-os diretamente com a
apropriação do espaço, que pode ressignificar o ambiente em função da
utilização. O espaço da Casa da Glória,
por exemplo, tem majoritariamente aspectos privados, como a necessidade de um
grupo específico que mantém o local, porém, também tem aspectos públicos, como
a disponibilidade de acesso a quaisquer pessoas que tiverem interesse.
O autor também discorre
sobre o conceito de demarcações territoriais, onde o espaço é denominado
privado ou público dependendo do grau de acesso. A partir do livro, pode-se fazer uma leitura do refeitório como
espaço público inserido em um espaço privado, onde as relações de coletividade
implicam na denominação do território. As intervenções realizadas pelo grupo
visaram relacionar os espaços internos e externos. O conceito de Polivalência,
Flexibilidade e Funcionalidade, pode ser observado na prática empregada pelo
grupo, onde, ao colocar mesas fora do refeitório, foi possível, valorizar um
ambiente não utilizado e ressignificar a visão de refeitório. As mesas que
foram reorganizadas, não foram colocadas aleatoriamente, elas são interligadas
através das janelas, e são em um formato que permite diversas organizações,
trazendo novas possibilidades de uso, e resolvendo o problema da falta de
possibilidades de organização das mesmas.
Ademais, o grupo visou
relacionar o espaço com a necessidade de um ambiente mais leve e que pudesse
servir também como descanso para os usuários. A criação de um redário na parte
externa possibilita a transição de um espaço só de alimentação para um espaço
de novas funções, que mostra claramente que a funcionalidade de um ambiente não
é imutável e que está relacionada mais com o próprio usuário do que com a
demarcação do território.
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